O presente blog se propõe a reflexão sobre os Direitos Humanos nas suas mais diversas manifestações e algumas amenidades.


sábado, 20 de novembro de 2010

Todos são iguais perante a Lei, mas não para a Justiça: uns têm direitos, outros não; uns agridem, outros apanham; uns ficam soltos e outros presos.



Os cinco agressores foram soltos pela JUSTIÇA e agora podem pegar novas lâmpadas fluorescentes e atacarem qualquer outro homossexual.

Edio Dalla Torre Junior, advogado de Jonathan Lautan Domingues (o instruto de jiu-jtsu, único maior de idade), teve a audácia de desafiar a inteligência de todos os telespectadores que assistiam ao Jornal Nacional com o argumento desprezível que o vídeo que revelava o flagrante do crime cometido não mostrava seu cliente agredindo ninguém. Não, quando ele vai se dirigir para agredir, infelizmente, a câmera é fixa e não o acompanha. Mas a câmera fez muito mais, mostrou que SEU CLIENTE era quem estava ao lado do adolescente marginal que bateu com as lâmpadas a vítima e fez isto imediatamente após seu cliente criminal falar algo com ele, assim como que foi o seu cliente de camisa branca, o que parou para dar guarida ao seu comparsa para agredir. Fez mais, quando viu a vítima finalmente tentar se defender, o cliente deste advogado levantou a parte da bermuda para se digirir contra a vítima utilizando algum golpe com a perna. Em seguida, é exatamente o cliente deste advogado que, calmamente com o outro agressor inicial, comemora a selvageria praticada!

Confesso que cheguei a ficar constrangido por este advogado, pois imediatamente a sua fala, o Jornal Nacional colocou o segurança Rafael Fernandes desmentindo-o. Seco e direto. Agrediu sim, afirmou o segurança. E acrescentou ainda a testemunha que o agressor lhe disse que era porque se tratava de um homossexual.

Como será que o Ministério Público, que deu parecer favorável a liberdade deste selvagem, se sentiu ao assistir o vídeo e reportagens?

Sempre lembro, porque não é muito divulgado, além das agressões aos três jovens por motivação homofóbica, os cinco jovens suspeitos também foram acusados de roubar um lavador de carros na região da Avenida Paulista no último domingo.

E a Juíza da 4ª. Vara Criminal do Fórum da Barra Funda que concedeu a liberdade?!

Deixou em liberdade um indivíduo que pode voltar agredir qualquer outro homossexual ou até uma das vítimas, quiçá as testemunhas do caso! E o número de vítimas e testemunhas é grande, pois os meliantes não se intimidaram de fazer várias vítimas!

Eu não me sentiria seguro se estivesse em São Paulo e soubesse que a Justiça local livra imediatamente bandidos homofóbicos que atacam vários homossexuais na principal avenida do estado, às claras, na frente de qualquer um, sem qualquer medo, comemoram ao final e que ainda sabem que serão soltos imediatamente pela justiça! A sensação de impunidade para eles, que serve de modelo para outros homofóbicos deve ser imensa, assim como deve ser, na mesma proporção, a sensação de perigo para todos os homossexuais paulistas!

Não consegui localizar os nomes do Promotor de Justiça e da Juíza ou Juiz da 4ª. Vara Criminal do Fórum da Barra Funda que funcionaram no habeas corpus que soltou o agressor. Até onde pude apurar pela internet, parece que a Juíza Marcia Tessitore é responsável por este juízo (não tenho certeza), pois também parece que existem dois juizes auxiliares, Drs Carlos Eduardo Lora Franco e Lilian Lage Humes nomeados para o mesmo Juízo Criminal. Se foi a Dra. Marcia Tessitore que soltou o rapaz me causará espanto ainda maior, pois foi esta mesma juíza a responsável pelo caso daquela artista plástica que em 2009 fez uma Pichação na Bienal e ficou presa mais de 50 dias, sem conseguir a liberdade!!! Se realmente for ela a Juíza do caso deste violento agressor, teremos que entender que espancar homossexuais não é tão grave quanto pichar a Bienal!

Já o Promotor de Justiça que acompanha o caso dos menores, Tales de Oliveira, parece ter se situado, pois após as vítimas afirmarem que não eram homossexuais, o mesmo declarou que “O fato de as vítimas dizerem que não são gays não importa para o processo. A apuração é que elas teriam sido agredidas por serem confundidas com gays. A motivação do ataque seria por homofobia. E isso será apurado”.

Segundo ele, a promotoria requisitou as imagens para juntar ao processo e verificar o que será feito em relação aos quatro menores. “O processo está em andamento, é juntar provas dos fatos para aguardar a sentença. Depois vai verificar que providência será tomada. A única coisa que pode acontecer diferente é o pedido de internação para os adolescentes. A promotoria vai analisar se vai pedir a internação mediante imagens. Essas imagens podem levar os meninos à internação, pode mudar o quadro probatório”, disse Tales de Oliveira.

Cada notícia que aparece só me faz deixar mais perplexo. Não me espantaria se o próximo argumento dos advogados a ser acolhido pela justiça fosse que a culpa eram das lâmpadas fluorescentes!


4 comentários:

Unknown disse...

Nosso país tem PROSTITUTAS muito mais honradas do que muita gente que exerce profissão nobre.

De fato, causa ASCO esse advogado do maior, que ENOJA toda a sociedade e ENVERGONHA toda a classe de advogados, quando pretende resumir todo país à condição de COMPLETOS IDIOTAS, nos informando que na verdade não estamos vendo o que aquelas imagens incontestáveis nos mostram.

Em contrapartida, fiquei surpreso com a atitude daquele advogado anterior, o gordinho, que, embora motivado certamente pelo enorme mico que pagou depois da divulgação do vídeo, que fez cair por terra o que todos sabíamos, ou seja, sua mirabolante estratégia de defesa da "paqueradinha". Pois bem, em entrevista o "Dr" informou que não tinha mais como permanecer no caso, já que não possuía mais convicção de veracidade acerca dos fatos que lhe foram narrados pelo seu cliente.

Já sobre a juíza, devo admitir que diante dos primeiros fatos eu também teria cometido o mesmo erro do magistrado (até comentei morrendo de pena dos coitadinhos) e explico o motivo: pra mim o fato dos brigões serem primários e de classe alta não justificaria (insisto, naquele primeiro contato) que estivessem presos porque "brigaram" com os homossexuais. Talvez ali não constassem do processo tantos elementos medonhos e incriminadores.

Anônimo disse...

Está se esquecendo como Advogado que todos tem direito á defesa e ninguém é considerado culpado até sentença condenatória transitada em julgado. Principio Constitucional. Sendo assim deverá ser mudada a própria Constituição. Tando o maior como os menores independende do clamor publico, tem direito a responder o processo em liberdade.

Anônimo disse...

Um pequeno detalhe, se a Decisão que soltou foi de HC, os juízes da barra funda não tem "culpa" nenhuma, pois quem julga o HC é um grupo de Desembargadores.

Anônimo disse...

Um pequeno detalhe, se a Decisão que soltou foi de HC, os juízes da barra funda não tem "culpa" nenhuma, pois quem julga o HC é um grupo de Desembargadores.

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