O presente blog se propõe a reflexão sobre os Direitos Humanos nas suas mais diversas manifestações e algumas amenidades.


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Amanhã, ou nos casamos ou protestamos", afirma Alex Freyre.


Matéria de Amauri Arrais, que reproduzo do G1:


Após suspensão, 1º casal gay autorizado a casar na Argentina convoca protesto
Decisão de juíza suspendeu casamento previsto para esta terça (1°).

"Amanhã, ou nos casamos ou protestamos", afirma Alex Freyre.

Amauri Arrais
Do G1, em São Paulo


Após uma juíza civil ter suspendido nesta segunda-feira (30) o primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo na Argentina, que estava prevista para esta terça-feira (1º), o casal diz que irá recorrer e convocou, por e-mail, um protesto no Registro Civil, onde estava previsto o casamento.


“Temos uma sentença firme e irrevogável. O que conseguiram foi apenas adiar. Se necessário, iremos ao Conselho da Magistratura. Amanhã, às 14 horas, no Registro Civil, ou nos casamos ou protestamos”, disse, por e-mail ao G1, Alex Freyre.


Alex Freyre, de 39 anos, e José María Di Bello, de 41, conseguiram autorização da Justiça argentina para se casar (Foto: Reuters)
Mais cedo, por telefone, Freyre, 39, havia falado dos preparativos para a oficialização da união com José Maria di Bello, 41, naquele que seria o primeiro casamento civil entre pessoas do mesmo sexo na América Latina.


Ativistas ligados ao movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), eles haviam escolhido a data, Dia Mundial de Luta contra a Aids, porque ambos são soropositivos. “Quando a juíza falou que sim, decidimos que seria no dia 1º de dezembro para passar a mensagem que não somente os gays têm valor, mas que os soropositivos também podem buscar ser felizes, ter uma melhor qualidade de vida”, contou Freyre.



saiba mais

Justiça suspende primeiro casamento gay da Argentina Primeiro casamento gay gera ações judiciais na Argentina, dizem ativistas 'Estamos orgulhosos e nervosos', dizem gays autorizados a se casar na Argentina Justiça autoriza realização do primeiro casamento gay da Argentina


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A decisão anterior, da juíza de primeira instância Gabriela Seijas, declarava inconstitucionais dois artigos do Código Civil que estabelecem que para o matrimônio "é necessário o consentimento de duas pessoas de sexos distintos.



O texto ordenava ao Registro Civil que realizasse o casamento dos argentinos, abrindo um precedente que pode fazer do país católico o primeiro da América Latina a permitir o casamento de casais do mesmo sexo.


A decisão também reativou a discussão sobre um projeto de casamento homosexual que estava parado na Câmara dos Deputados argentina e gerou um movimento em todo o país de casais que tentam obter resoluções judiciais iguais. Segundo Freyre, equipes jurídicas da Federação LGBT vão orientar e dar apoio aos pedidos dos casais.

“Para nós, é muito importante sobretudo ter a possibilidade de divulgar que é possível. Não é aceitável para nós que nossas famílias sejam juridicamente discriminadas”, disse Freyre ao G1.


‘Gay friendly’

Apesar da “onda positiva” que poderia ser gerada pelo casamento, Freyre reconheceu que ainda há muito a avançar na América Latina, que considera uma região “machista” e “homofóbica”.


“O machismo é o pai de todo preconceito, inclusive a homofobia. E nossa região é muito machista. Quando falam que o Rio, Buenos Aires, São Paulo ou Bogotá são cidades gay friendly isso é mentira. Claro que há algumas áreas melhores, mas se você vai a um estádio de futebol com seu namorado e dá um beijo, você sabe que corre o risco de ser agredido, que vai ter uma experiencia ruim. Os crimes de ódio contra os homossexuais ainda são muito frequentes”, disse.

Enquete: O problema era do site da Agencia Senado

Hoje mais cedo mencionei a via crucis para verificar a situação da enquete sobre o PLC 122/2006 no site da Agência Senado e, após fazer TODAS as verificações, conclui que a enquete havia finalizado e a ABGLT (que havia chamado todos para votação) não se dignou a avisar seu término.

Como havia relatado, no site do Senado já constava nova enquete popular - se o cidadão aprova o novo site da agencia senado - e entre as enquetes anteriores não se cogitava a aludida enquete da homofobia.

Bem na moda Brasil, da mesma forma que a enquete homofobia sumiu e uma nova apareceu sobre o site, logo na parte da manhã tudo mudou, voltou ao ar a enquete da homofobia. Foi simples descobrir, recebi tantos e-mails lembrando sobre o último dia de votação que, evidente, fui lá no site da Agencia Senado verificar e lá estava a enquete no ar.

Mas a porcariada continua a mesma. Ao voltar mais uma vez no espaço da enquete me deparei com a seguinte mensagem: "Ocorreu um erro no servidor enquanto processava a URL. Por favor contate o administrador do sistema".

Essa tamanha bagunça e primariedade toda, não ocorreu no site do bloco peru molhado ou dos colegas da rua da esquina, O SITE é do SENADO FEDERAL BRASILEIRO!

Você consegue acreditar no resultado que der? EU NÃO!

Deus queira que os responsáveis técnicos de informática do site não sejam os mesmos da votação eletrônica dos Senadores.

A falta de credibilidade do Movimento LGBT e o Desaparecimento da Enquete na Agencia Senado

Vire e mexe a ABGLT e outras organizações LGBTs criam maior auê em torno de algum fato.
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Toni Reis, presidente da ABGLT, convocou a todos com a seguinte mensagem:

“O Senado criou uma enquete para testar a opinião pública sobre o PLC 122/2006 (que criminalizada a homofobia). A enquete ficará no ar durante todo o mês de novembro. Peça para amigos e colegas votarem a favor também!”



Algumas passam batidas e ninguém dá a menor bola. Outras, sabe-se lá porque razão nos pega e, como se estivéssemos torcendo pelo Brasil na Copa, vestimos a camisa e nos mobilizamos.


Óbvio que o interesse é de todos e isto bastaria por si só. Só que, nem sempre nosso interesse, perdão pela redundância, INTERESSA a ABGLT. Tanto que foram realizadas negociatas pela ABGLT com o PLC 122/2006 com o Poder Público que jamais fomos consultados. Diferente do que ocorreu com a enquete da Agencia Senado, pois desta vez a ABGLT veio a todos que não fazem parte do seu clã pedir participação.

Aconteceu de novo, a ABGLT acenou e nos mobilizamos, desta vez com a enquete da Agencia Senado que questionava a população se era favorável a criminalização da homofobia prevista no PLC 122/2006.


Foram e-mails para todos os amigos e conhecidos, temas em vários blogs, mobilização no Orkut, twitter, facebook, até porque os evangélicos fizeram o mesmo, com uma ferrenha campanha contra.


A enquete pegou fogo. Durante alguns dias ficou fora do ar. Em seguida voltou com o pedido de transcrição de números, com intuito de evitar que robôs burlassem a enquete. Os evangélicos descobriram outra forma de fraude, e passaram ensinar aos seus seguidores como burlar a segurança do site do senado para votar mais de uma vez.


Pois bem, a previsão de duração da enquete foi para todo o mês de novembro, e como todos sabem, o mês de novembro ainda não terminou. Hoje, teoricamente, seria o último dia da enquete.


Sendo uma daquelas pessoas que votou, tendo também enviado e-mails para todos os amigos fazendo propaganda da enquete, além de conclamar a todos do Orkut fazerem o mesmo e incentivar a votação no meu blog e em outros blogs bem mais acessados que o meu, fui lá no site da Agencia Senado dar uma verificada qual era a situação da votação no seu último dia.


SURPRESA!


A enquete não está mais lá!


Pensei, tudo bem, terminaram a enquete um pouco antes, afinal hoje é dia 30.


Como nova enquete já substitui a anterior, fui para uma nova etapa: Verificar os resultados das enquetes anteriores.


SURPRESA DE NOVO!


A enquete da PLC 122/2006 não faz parte das enquetes anteriores.


Existem resultados das enquetes anteriores, como do ensino religioso, do pré-sal, da Venezuela no MERCOSUL, da maioridade penal. HOMOFOBIA nada!


Estranhei.


Se aqui fiz campanha, me sinto na obrigação de dar uma satisfação. Evidente, vou atrás de informações com quem fez campanha comigo, a ABGLT. Busquei numa vasta lista de e-mails do Presidente da ABGLT alguma informação. Nada! Ok, pode não ter utilizado o mesmo caminho da campanha, procuro então descobrir se existe algum esclarecimento no site institucional da ABGLT, NADA!!!


Desisto.


Essa conduta nem chega a ser uma novidade. Já perdi a conta de quantas coisas foram denunciadas ou conclamadas pela ABGLT e depois simplesmente sumiram do mapa, como se jamais tivessem existido. A ABLGT é apenas mais uma ONG, entre tantas outras. A diferença está nos seus associados, os quais não podem ser pessoas normais assim como eu e você, tem que ser pessoa jurídica e, evidentemente, em seu mecanismo de poder com o setor público. Não tem compromisso com o indivíduo, apenas com suas ONGs associadas. Então tá. É bom lembrarmos disso quando for dela algum novo pedido a comunidade dos sem CNPJ.

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No Brasil os homossexuais ainda não conseguem se envolver de verdade com o Movimento dito Organizado e como vemos não é à toa. O movimento faz por onde não ter credibilidade.


Pode ser que a Agencia Senado tenha algum respeito com quem perdeu seu tempo votando e ainda faça qualquer esclarecimento, pois não dá para depender da ABGLT. Eu voltarei lá outras vezes e assim que souber de algo informo aqui.

domingo, 29 de novembro de 2009

Grito de desabafo direto do Púlpito da “Vida Inteligente Na Madrugada” para o Senado Federal

Serginho Groisman, de bermuda e camiseta branca, com estampa da mão da estátua do Cristo Redentor portando uma fita vermelha, símbolo de luta contra AIDS, resolveu comemorar o aniversário de 9 anos do programa Altas Horas no super, mega, hiper popular PISCINÃO DE RAMOS.


O programa era POVÃO, com mais de mais de 40 mil pessoas, de variadas comunidades locais, num calorão digno de verão, em plena primavera.


Altas Horas, vida inteligente na madrugada” possui um quadro realmente interessante, o Púlpito, no qual o microfone é aberto para a platéia, que comparece à tribuna para falar, ou protestar, sobre o que quiserem.


Nunca o púlpito refletiu tão bem a sua finalidade. Era o povo literalmente falando na telinha da Globo com clareza, literalidade e sem rodeios.


O povo de Ramos vinha abaixo a cada protesto, e não foi diferente quando surgiu um rapaz chamado Deri que chegou lá e de dedo em riste e em altos brados foi direto:




“O meu protesto é contra a homofobia, todo gay tem direito de se expressar. O meu protesto é contra os senadores que não aprovaram a PLC 122 de 2006, dando liberdade para os homossexuais de se expressarem. Todos nós temos direito de nos expressar, temos direito de amar, todo mundo é igual perante a lei. Brasil aprova a lei contra a homofobia!!!"



DERI falou como entendia ser o objeto do PLC 122/2006, um projeto de lei que visa ir contra a homofobia, no exercício do direito à cidadania, justificado em suas coerentes palavras, no direito de se expressar, no amor e no fato que "todo mundo é igual perante a lei".

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Vejo muitos militantes de movimento que parecem que estão lá mais preocupados em se projetar politicamente que realmente envolvidos com a causa que aparentemente defendem. Assisto também alguns militantes em listas de discussões arrotarem desaforos àqueles que não integram a uma ONG que possua CNPJ, desqualificando e desmerecendo qualquer um que não faça parte da sua trupe fechada de seis ou sete pessoas. Essas pessoas, ditos militantes organizados, discutem e decidem entre elas o que acha conveniente e desprezam todos demais.


Pois o DERI fez ali do púlpito, na telinha da Globo, perante mais de quarenta mil pessoas presentes, entrando ainda em todos os lares do Brasil que assistiam ao programa, infinitamente mais que abaixo assinados, blogs, listas de discussões, enquetes ou carta para senadores. Ele falou direto do povo e com o povo, e cobrou com clareza inquestionável, com dedo em riste, aos senadores.
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Tai um momento menorável e uma gravação digna a ser encaminha para o Congresso Nacional.





sábado, 28 de novembro de 2009

A polêmica do personagem gay do Maurício de Sousa

Vou tentar fazer jus ao anúncio do meu blog que diz que se propõe a falar sobre direitos humanos e outras “amenidades”. Mas amenidades e direitos fundamentais podem estar literalmente juntos.

É o caso da matéria publicada por Rodrigo Borges, jornalista e músico, em 17 de novembro de 2009, no site http://www.estadodecirco.net/o-personagem-gay-de-mauricio-de-sousa/ que fala da grande surpresa que Mauricio de Sousa deu aos seus leitores, na edição número 6 da revista da Tina, ao apresentar o primeiro personagem gay da grande leva de criações dos estúdios do cartunista. A notícia causou polêmica e o Mauricio de Sousa teve que dar inúmeras explicações no Twitter.

Rodrigo Borges foi perfeito na informação e em seus comentários.


Vou reproduzir aqui:

“Mauricio de Sousa tem 74 anos e há 50 começou a criar sua maior obra, a Turma da Mônica. Desenhista que ajudou na formação de gerações de brasileiros, ele está nas manchetes neste começo de semana não por uma coelhada da Mônica ou um latido do Bidu. Mauricio de Sousa tem agora entre seus “filhos de gibi” um personagem gay.

Caio saiu do armário na sexta edição da revista Tina. Amigo da personagem principal, a proximidade dos dois despertou o ciúme de Miguel, namorado da moça. Diante do mal-estar causado, Caio faz a revelação, de forma natural. Afirma que não há razão para preocupação e diz que é comprometido, para em seguida apontar para um outro rapaz, que acha graça. “Ô! Que gente doida”, diz o namorado.

Mauricio prefere não confirmar o que fica evidente na história “O Triângulo da Confusão”. Mas sofreu patrulha e críticas, que respondeu pelo Twitter. “A revista é dirigida a um público adulto jovem, não tem nada a ver com a Turma da Mônica ou o público infantil ou infanto-juvenil”, afirmou. A assessora dos estúdios confirma que é a primeira vez que o assunto é tratado na obra do desenhista.

Caio é um personagem feliz, tranquilo quanto à sua sexualidade, algo que é quase ofensa em um Brasil que se diz liberal, mas esconde racismo, xenofobia, sexismo e homofobia debaixo do tapete. “Uma coisa vai se manter em nossas produções: o respeito pelo ser humano”, diz Mauricio. Feliz do país que tem um Mauricio de Sousa”

Só a polêmica que causou demonstra o quanto foi importante essa criação do Maurico de Sousa. Nada disto ocorreria se o personagem fosse negro, evangélico, mulher, velho, oriental, deficiente físico, macumbeiro ou árabe. O problema é que se trata de um personagem homossexual. MAS QUANTA DISCRIMINAÇÃO!

É exatamente pela falta de informação e de boa FORMAÇÃO dos preconceituosos de plantão esse simples personagem se torna tão importante para que se exclua a ignorância. E é justamente no segmento que forma crianças e adolescentes que falta esse noção básica de convivência de respeito e inclusão.

Maurício de Sousa, em sua expertise, não faz qualquer apologia, apenas lembra que homossexuais existem e merecem respeito.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Campanha no ar: “A Moda na Luta Contra o HIV"

Nosso querido e combativo Carlos Tufvesson lidera novamente a campanha "A Moda na Luta Contra o HIV".

Numa equitativa mistura de lesado e atribulado acabei confundindo a data do lançamento da campanha no Palácio das Laranjeiras, onde pretendia comparecer. Anotei na minha agenda dia 26 e hoje descubro que foi dia 24 deste mês.


É tão linda essa campanha que mereceria mais destaque na imprensa. Espero que isto ainda ocorra.


Quando se vê algo mesclado de bom gosto, boa luta e generosidade, evidente, Carlos Tufvesson está lá.


Na campanha atual foi idealizada uma BOLSA DO BEM, conhecida por ecobags (bolsa/sacola ecologicamente correta), unissex, contendo na estampa a alegre e descontraída figura da Radical Chic do Miguel Paiva. Como uma bondade leva a outra, a renda obtida pela venda dessas bolsas ecobags será integralmente revertida para a Sociedade Viva Cazuza, contribuindo assim que não se encerrem as atividades da Lucinha Araújo, a frente da Sociedade, que igualmente realiza um lindo e indispensável trabalho humanitário com crianças e adultos soropositivas. É o bem gerando o bem.


E como uma coisa boa leva a outra, todos ganham. Através dessa campanha também se reproduz o melhor remédio até hoje existente: a informação. A única forma de se evitar o contágio, seja por HIV ou outra doença sexualmente transmissível, é pelo uso do preservativo.


Para comprar é fácil. Está a venda nas 22 lojas do Quadrilatero de Ipanema. e o preço também é bem acessível, só R$50,00!

Quem quiser ajudar e festejar não só pode como deve estar presente a festa de encerramento que está prevista para o dia 30/11, segunda-feira, e ocorrerá no 00, na Gávea, onde só vai ter gente "do bem". Quer mais?


E tem, basta conferir o vídeo da entrevista dada pelo Carlos Tufvesson ao programa "Mais Voce", aliás, a produção colocou uma linda fita vermelha na árvore de entrada da casa para lembrar a campanha. Não consegui reproduzir aqui o vídeo mas basta clicar no link que vai direto lá:
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Está próximo o dia 1º de dezembro. Argentinos realizarão o primeiro casamento gay na América Latina no Dia Mundial contra a AIDS.


Alex Freyre, 39, diretor-executivo de Buenos Aires AIDS Foundation, e José Maria Di Bello, 41, executivo argentino da Cruz Vermelha, após receberem uma negativa ao pedido de licença para casamento, ingressaram com processo e obtiveram na Justiça o direito a celebração do matrimônio, tendo a juíza Gabriela Seijas dedidido favoravelmente ao pleito sob argumento que a proibição do casamento gay viola a Constituição da Argentina.

Como o Prefeito não recorreu e até estimula que outros façam o mesmo, está mantida a decisão judicial de primeira instância.

O casal não escolheu o Dia Mundial contra a AIDS aleatoriamente. Na verdade, eles são portadores do HIV e lutam não só por suas vidas, mas também pela dignidade que conduzem as mesmas. A mensagem que pretendem passar não poderia ser mais contundente: “de não discriminação e estimular aqueles com a doença para que reconheçam seus direitos como cidadãos"

Foi amplamente noticiado o fato e ambos terão como padrinho o vereador espanhol Pedro Zerolo, embaixador para a América Latina e o Caribe do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids). Assessor do presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, que trabalha pela igualdade jurídica para homossexuais, bissexuais e transexuais de Espanha e Argentina.
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Buenos Aires, em 2002 se tornou a primeira cidade da América Latina a permitir uniões do mesmo sexo civil, e Cidade do México seguiu em 2007. O Uruguai legalizou a união civil de âmbito nacional. Espanha foi mais longe, legalizando o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2005.

Enquanto isto, no Brasil, contabilizamos – no cambio oficial - mais de 14 anos de decepção, frustração, desrespeito, injustiça e indignidade, se considerarmos o marco inicial aquele Projeto de Lei nº 1.151/95 da Martha Suplicy que jamais foi votado pelo Congresso Nacional. Desde lá, inúmeros outros projetos surgiram, e nenhuma LEI aprovada.

Aqui tudo é na contramão. Não conseguimos lei aprovada, mas conseguimos RETROCEDER conquistas e direitos que se tentava contemplar num PROJETO de Lei (PLC 122) que criminalizava a homofobia, antes aprovada pela Câmara de Deputados e que dependia somente da votação do Senado. Agora, depois de tentar agradar aos evangélicos, e ser reformado o projeto PARA PIOR, voltamos a depender da votação das duas casas, sem qualquer garantia de aprovação.

Casamento no Brasil? Nem pensar! Luta-se ainda por algo parecido (com alguns acréscimos) ao que foi proposto há 14 anos atrás pela Martha Suplicy, a fim que o Estado se digne reconhecer a UNIÃO ESTÁVEL entre pessoas do mesmo sexo, com direitos reduzidos em comparação aos casados.

Quem dera para os homossexuais que o Presidente da República fosse o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que quando era Senador tentou emplacar uma Emenda Constitucional para conferir o direito a união estável para os homossexuais e agora, na qualidade de Governador do Rio de Janeiro ajuizou ação de descumprimento de preceito constitucional junto ao Supremo Tribunal Federal para a mesma finalidade. Quem quer FAZ e não se cinge a discurso populista ou se limita a figurar nas fotos dos sabujos do movimento LGBT.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

No Brasil, 30 mil jovens são aprisionados em clinicas para serem “curados” da homossexualidade


Recebi uma correspondência com denúncia gravíssima.

Segundo informa o jornalista Márcio Lima, de Belo Horizonte, o Coordenador de Saúde do Sistema Penitenciário, Dr. Paulo César Sampaio (foto ao lado), pertencente aos quadros da Secretaria de Administração Penitenciária do Governo do Estado de São Paulo, lhe afirmou que existe no Brasil cerca de 30 mil jovens aprisionados em clínicas porque a família é homofóbica e deseja obter a cura da homossexualidade.

Trinta mil jovens presos em clínicas para serem “curados” da orientação sexual?

Não fosse essa fala do sério e respeitado Coordenador de Saúde do Sistema Penitenciário de São Paulo, sinceramente não acreditaria.

Na realidade, em pleno século XXI não podia imaginar que, fora aqueles que captados por evangélicos como Rozangela Justino e seus pares, ensandecidos pelas ditas regras religiosas para obterem a salvação celestial, ainda existisse alguém com sanidade mental estável que pudesse crer na prática de “cura” psiquiátrica para mudança da orientação sexual.

Portanto, devemos estar atentos porque além daqueles que são levados à crença da cura da homossexualidade PELA RELIGIÃO, também existem outros que são COMPELIDOS por seus familiares a se internarem numa clínica de recuperação PSIQUIATRICA para idêntica cura!

Nesta última a motivação não é, a priori, a crença religiosa, mas a crença que o homossexual sofre temporariamente de problemas mentais e emocionais.

Diante desta gravíssima denúncia, até inicialmente pouco crível, impõe-se uma varredura nestas clínicas de recuperação.

Exagero? Não! Basta ler a matéria na íntegra no jornal O TEMPO e ter assistido a reportagem produzida pelo SBT NOTICIAS de ontem à noite, confirmando que, de fato, tais clínicas são verdadeiras cortinas de fumaça que escondem HORRORES e situações tão absurdas que se mostrado numa novela não seriam consideradas críveis.

Tal fato veio à tona por conta de um trágico fato ocorrido com um jovem de Minas Gerais, Felipe, pessoa próxima ao jornalista Márcio Lima. Em 10 de setembro de 2009, ele foi surpreendido enquanto dormia, quando foi levado A FORÇA, por três homens, por ordem de sua mãe, e involuntariamente conduzido por ambulância até a Clínica de Recuperação para drogados - CLÍNICA VIVA -, em local, propositalmente, bem distante de sua residência, em Piedade, interior de São Paulo.

Os jornalistas Andréa Silva e Fernando Zuba do jornal O TEMPO, revelam na matéria “Drama familiar vira negócio rentável para clínicas” o que ocorreu com Felipe e em que situação ele se encontra na tal clínica:

“Na capital, a promotoria de Justiça de Defesa da Saúde apura a internação involuntária de um mineiro, de 21 anos, em uma clínica da cidade de Piedade, no interior de São Paulo. Por telefone, o rapaz - que não terá o nome revelado - nos contou o drama que vive desde que foi mandado para o local pelos pais, há dois meses. "Esse lugar interna pessoas que não têm condições de conviver em sociedade, e esse não é o meu caso. Preciso sair daqui se não vou enlouquecer". O rapaz acusa a mãe de interná-lo à força porque ele é homossexual. "Não faço e nunca fiz mal a ninguém. Beber e fumar maconha não faz de ninguém um criminoso que tem que ser privado do convívio dos amigos e familiares. Minha mãe não aceita minha opção sexual", explicou. O drama relatado pelo rapaz é impressionante. Ele conta que foi apanhado de surpresa em sua casa, em Belo Horizonte, sem qualquer exame prévio. "Três homens me cercaram e me aplicaram uma injeção. Quando acordei, já estava neste lugar". O jovem diz que foi vítima de maus-tratos e conta que, dos 60 dias de internação, já chegou a ficar 25 na chamada "solitária" como forma de castigo. Com a voz embargada, antes de terminar a ligação, ele revelou que no lugar há muita violência. "Temos que fazer o que eles querem, do contrário, os castigos são aplicados, sem piedade".A reportagem de O TEMPO também fez contato com a mãe do interno, que saiu de Belo Horizonte e está em São Paulo desde que contratou os serviços da clínica. Ela dá outra versão para a história. "Conheço o meu filho. Ele estava utilizando drogas pesadas e podia causar danos irreversíveis a sua saúde". Segundo ela, todas as medidas foram tomadas dentro da lei. "Jamais faria algo para prejudicar o meu próprio filho"..
A história não termina aí, os jornalistas confirmaram com a Coordenadora de Comissão de Direitos Humanos que o local para onde Felipe foi levado não aparenta ser uma clínica, mas um presídio:

“Coordenadora de Comissão Nacional de Direitos Humanos confirma que pacientes estão submetidos a cárcere privado Na última sexta-feira, a clínica localizada em Piedade, no interior de São Paulo, onde está o mineiro de 21 anos que alega ter sido internado por preconceito da mãe, foi alvo de uma fiscalização. De acordo com a coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, Ana Luiza Castro, o local apresenta fortes indícios de violação dos direitos humanos. "O que pudemos perceber é uma infinidade de grades, cercas elétricas e um número excessivo de seguranças. Fica evidente o uso abusivo da força. Essa clínica não tem características de uma casa de saúde, mas, sim, de um presídio que mantém as pessoas em cárcere privado", assinalou.


Sobre o mineiro entrevistado por nossa reportagem, Ana Luiza Castro informou que manteve um longo contato com o jovem e concluiu que o rapaz está internado indevidamente. "Trata-se de um jovem que está totalmente lúcido, consciente e saudável. Vamos acionar a Justiça imediatamente para que ele seja liberado", contou. Outros três laudos psicológicos, segundo ela, teriam confirmado as conclusões da coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos, mas o rapaz só poderá deixar a clínica após decisão da Justiça.


A diretora terapêutica da clínica em Piedade, a psicóloga Cláudia de Oliveira Soares, informou que todos os procedimentos realizados são padronizados e normatizados pelos órgãos competentes. "Sabemos que existe uma lei que permite a internação involuntária, desde que o Ministério Público Estadual (MPE) seja comunicado em até 72 horas. É o que fazemos", explicou. Ela ressaltou que o paciente mineiro foi internado a pedido da mãe, e o procedimento, comunicado ao MPE.”

Já segundo Felipe, o tipo de tratamento que recebe é denominado pela equipe como “terapia racional emotiva”. Baseia-se em palestras ministradas por psicólogos, onde o objetivo é conscientizar os pacientes sobre “a droga e a droga de nosso comportamento”, como ele mesmo diz. Tratamento este que teria custado o valor de R$15.000,00 com previsão de três meses de duração.

A partir da denúncia do Márcio Lima sobre o ocorrido com seu amigo Felipe, os jornalistas descobriram muito mais do que pudessem imaginar, que no Brasil há uma espécie de máfia de clinicas de recuperação, movidas exclusivamente para obtenção de lucros, maltratando pacientes e ganhando rios de dinheiro dos pais dos pacientes, razão de investigação pelo Ministério Público.

Não basta o Márcio Lima colocar a boca no trombone, o Ministério Publico e a Coordenadora de Comissão de Direitos Humanos investigarem a clínica e os fatos ocorridos com Felipe.

Felipe teve sorte de possuir um amigo esclarecido que soube aonde ir e realizar as denúncias devidas. Mas quantos Felipes podem existir por aí? Segundo o Chefe do Sistema Penitenciário do Governo de SP, Paulo César Sampaio, existem mais 30 mil em situação semelhante!!!


e fotos extraídas da internet

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Coletiva do Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao lado do Presidente Lula e a expulsão do homossexual que portava uma bandeira gay



Um dos maiores malfeitores da atualidade dos direitos humanos foi convidado a vir ao Brasil.

Ele mata homossexuais.

Ele segrega mulheres.

Ele nega o holocausto.

Ele promete tirar Israel do mapa.

Lula, na contramão do mundo, toma cafezinho com o amigo e lhe carrega, literalmente, de mãos dadas, para a entrevista coletiva. Que cena!

Em entrevista exclusiva concedida a William Waack, Ahmadinejad não nega mais que o Holocausto tenha existido, apenas questiona que se ocorreu na Europa porque os palestinos que deveriam pagar por ele.

Diz também que não pretende utilizar o programa nuclear para fim bélico, apenas pacífico.

Quanto aos homossexuais, o Presidente do Irã não voltou atrás, RIU DELES e disse que são contra a natureza, um perigo para a humanidade. Segundo ele, é um caminho errado, é perverso e todas as profecias divinas condenam os homossexuais, criarão doenças físicas e sociais.

Me chamou atenção que todos os temas envolvendo grupos religiosos, judeus, holocausto e programa nuclear foram CUIDADOSAMENTE respondidas por Ahmadinejad, até com certo respeito, se assim pode ser considerado, MAS HOMOSSEXUALIDADE NÃO É MOTIVO DE RESPEITO, NÃO É RAZÃO PARA CUIDADO, E ELE NEM DISFARÇOU SEU VENENO CONHECIDO.

Repete-se aquilo que constatamos em alguns Grupos Evangélicos, deputados e senadores no Congresso Nacional, além de outros setores religiosos. NÃO HÁ NECESSIDADE DE RESPEITO, homossexuais, para eles, são desprezíveis, não possuem dignidade ou direitos. Fazem parte da escória humana.

Na coletiva de hoje, descaradamente, o conhecidíssimo presidente do Irã respondeu a uma pergunta acerca dos protestos dos homossexuais ocorridos em decorrência de sua visita ao Brasil. A resposta dele também foi evasiva, diferente daquela concedida a William Waack, mas não menos absurda. A resposta foi: "Nós achamos que as pessoas estão livres para expressar suas ideias. No Brasil existe essa liberdade, e no Irã também".

O que resta depois desta escancarada mentira pública? Nada além de cinismo.

E o que dizer do Presidente Lula, neste circo armado por ele mesmo, o qual ainda que confessadamente afirme que não leia jornais, mas sabidamente é informado de todos os fatos por seus diplomatas.

O mais “MACHO” daquela sala, um homossexual, levantou seu protesto silencioso, um cartaz, o qual foi ARRANCADO pelos seguranças do Presidente Iraniano, em seguida, o rapaz, não pensou duas vezes, LEVANTOU A BANDEIRA DO ARCO IRIS e segundo informações em sites, foi EXPULSO da sala pela NOSSA Polícia Federal.

TUDO ISTO NA FRENTE DO LULA, que garantiu ao repudiado Presidente do Irã estar num território que nos pertence e no momento exato que tal abominável homem, audaciosamente, falava que “AS AS PESSOAS ESTÃO LIVRES PARA EXPRESSAR SUAS IDEIAS. NO BRASIL EXISTE ESSA LIBERDADE, E NO IRÃ TAMBÉM".

Júlio Cardia, 25 anos, gay e relações públicas, Presidente do Grupo LGBT em Brasília, Estruturação, por ter conseguido, no momento da hipocrisia maior, erguer um cartaz e a bandeira do movimento gay na cara dos dois Presidentes, Lula e Ahmadinejad, nem que seja por alguns instantes, é para mim um heroi do movimento LGBT.

Se ao lado coloco a foto do Júlio Cardia, expulso pela Polícia Federal do local onde se dizia que todos estão livres para expressar suas ídéias, abaixo insiro o vídeo do convidado do Lula, o presidente do Irã, na entrevista concedida a Waakc.









sábado, 21 de novembro de 2009

Ainda Malcolm X e seu passado não ilibado

Após postar ontem o artigo me referindo ao Malcolm X como heroi negro e LGBT, fui questionado por um amigo, jornalista e gay, a quem respeito, se havia motivo para celebração, afinal Malcolm foi um revolucionário negro que adotou a religião muçulmana e, provavelmente, com homofobia latente e que, antes disso, passou boa parte do tempo explorando "bichas", "meninas" e se vangloriando disso.
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Imagino que outras pessoas possam ter pensado o mesmo.

Embora fatos não se discutam, e meu amigo não tenha faltado com a verdade em seus argumentos, trata-se do ponto de vista de cada um. E, por isso, expliquei o meu, que transcrevo aqui para contribuir na reflexão e cada qual concluir como entender pertinente:

"João,

Entendo perfeitamente sua colocação, no que diz respeito as atitudes de Malcolm em relação aos homossexuais.

Eu mesmo, na primeira leitura vi Malcolm X como um filho da mãe, marginal, ladrão, prostituto vil, covarde, explorador de gays e, em seguida o entendi como um religioso e socialista fundamentalista, violento e ignorante, extremamente racista, com ódio dos brancos, e perigoso. Por fim, um viado enrustido que foi convertido pela religião... Tudo de ruim mesmo!

Por conseguinte, me perguntei como uma pessoa assim poderia ser celebrada pelo movimento negro americano e considerada uma das principais figuras que contribuíram para o seu movimento, assim como um dos maiores e conhecidos líderes na luta por direitos civis dos negros lá nos EUA. Enfim, qual a importância deste homem?

Malcolm X sofreu todos os preconceitos possíveis, mãe de pele clara casada com seu pai negro, o qual foi assassinado pelos maiores discriminadores existentes na época, mãe internada no hospício, órfão, aprendeu tudo literalmente NAS RUAS, entre iguais, percebeu que para ele, negro, todos os seus sonhos estavam fadados ao fracasso e virou literalmente marginal. Ao ser preso, estudou e usou toda sua revolta e vivência para, de uma forma ou de outra, se levantar contra a opressão. E assim o fez. Neste processo histórico, social e de luta por direitos, acho EU que ele foi uma figura IMPRESCINDÍVEL para TODOS os negros! Ele tinha consciência daquilo que falava, porque sentiu na pele e, principalmente sabia o que desejava alcançar. Ele dedicou sua vida ao movimento social para que todos negros obtivessem direitos. TODOS os negros.

Isto, por si só, já é motivo suficiente para que todos os negros tenham orgulho dele. Todos os negros que sofreram na pele o preconceito, em consequencia, ainda mais mulheres e homossexuais negros, os quais agregavam uma carga maior de discriminação.

Os exemplos de nossos heróis são pelos motivos exclusivamente bons. De perto ninguém é perfeito. Não sou historiador, mas já li não sei onde que o nosso celebrado Zumbi dos Palmares, guerreiro lutador contra a escravatura, possuía escravos (negros que se negavam a lutar). Exemplos assim não faltam.

Quantas pessoas celebres hoje na história sabemos que eram homossexuais e que nunca assumiram, assim como Malcolm X? De qualquer forma, mesmo assim fazemos questão de lembrar a todos que eram gays. A motivação é afirmativa e de valoração.

Da mesma forma como Malcolm X roubava antes de lutar por direitos, e isto não retira seu mérito posterior, tenho que lembrar que após sacanear os homossexuais, ele possuiu uma relação afetiva de dez anos com um homossexual. Ninguém com uma relação homossexual que perdurou dez anos é, aparentemente, homofóbico (como é retratado na biografia de Malcolm).

Adoraria apontar um (a) outro (a) importante negro (a) homossexual ou bissexual que tivesse atuado no movimento negro, com passado ilibado, assim como, por exemplo, o OBAMA. Mas Malcolm me parece já ter sido muito importante, se não para alguns de nós, para a maioria dos negros, e era bissexual, portanto, o registro."

Malcolm X era extremista sim, mas ele mexeu com as estruturas justamente porque assistia uma grande omissão do Estado, enquanto negros como ele continuavam sendo massacrados. Assim como hoje um homossexual é assassinado a cada tres dias, além de surras e perseguições, e não conseguimos obter uma lei dos heteros que tente ajudar a impedir esse crime motivado pelo ódio. No período de Malcolm os negros americanos também sofriam na pele todo tipo de agressão.
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É irônico assistir no vídeo abaixo Malcolm X lembrando a todos o direito à reação pela legítima defesa, assim como fez Luiz Mott em Congresso LGBT, recentemente, em palestra que comentava sobre os vergonhosos números de homicídios motivados pela orientação sexual ocorridos em nosso país. A reação de muitos LGBTs presentes foi de assombro e repúdio as colocações do Mott, mas se o Estado não faz sua parte a sociedade deve procurar alguma forma de se defender. O presente repete o passado, aqui no Brasil de forma inorganizada e de maneira mais pacífica, mas as falas de Malcolm X não devem ser ignoradas.
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NENHUMA LEI HÁ ATÉ HOJE, ADVINDA DO CONGRESSO NACIONAL, EM FAVOR DOS LGBTs. Enquanto isto nossos inimigos só fazem nos detratar aos quatro ventos, sem vergonha, sem pudor, sem medo, como se a Constituição deles não fosse a mesma que a nossa. Somos pessoas consideradas 'de quinta' e eles nos comprovam isto cada vez que nos decepcionamos com que assistimos nos Poderes Legislativo e Executivo. NADA justifica a omissão do Estado. Até quando o Movimento LGBT permanecerá parado, tirando fotos em gabinetes, sem nada conseguir, de concreto, em favor dos direitos civis do LGBTs?
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Falta alguma coisa. Falta um Malcolm X brasileiro.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um negro LGBT: Malcolm X era bissexual

Apesar dos negros lutarem contra a discriminação, a sexualidade dos heróis negros parece não ser divulgada pelas entidades que lutam pelos direitos dos negros, nem mesmo para ajudar a romper com a homofobia.

Aqui no Brasil, no dia 20 de novembro, comemora-se o dia de Zumbi dos Palmares. Zumbi foi um dos líderes do Quilombo dos Palmares, o mais conhecido núcleo de resistência negra à escravidão em todo o país, tornando-se o ícone do Dia da Consciência Negra.


Um dia, o antropólogo e decano do Movimento LGBT, Luiz Mott, ousou questionar a orientação sexual de Zumbi de Palmares, baseado em dados históricos que o conduziu a suspeita dele ser homossexual. Entre os motivos elencados pelo Mott, estava o fato de inexistir em seu histórico a existência de qualquer esposa (apesar dos direitos que possuía como líder e a poligamia ser usual na sua cultura), receber um apelido manifestamente feminino e ter sido esquartejado, e sua cabeça ter sido levada a Olinda para ser exposta publicamente, com o órgão genital enfiado em sua boca.

A resposta foi imediata, o movimento negro reagiu e até ameaças o Mott sofreu por pessoas que não aceitavam a idéia de relacionar um herói negro a homossexualidade.

Nos Estados Unidos não é diferente. Após a publicação da biografia de Malcolm X, realizada por alguém que o admirava (mas que não se isentou de reproduzir o que foi profundamente pesquisado), tornando pública a bissexualidade do Malcolm, o movimento negro americano também se rebelou.


Embora a reação tenha sido semelhante, a diferença entre lá é cá se dá em relação à prova dos fatos. Luiz Mott não pode provar nada, se baseou em indícios, já que a passagem histórica de Zumbi dos Palmares se deu no século 17. Bruce Perry teve mais sorte, já que suas afirmativas se deram com base em provas irrefutáveis, através de inúmeras entrevistas com pessoas ainda contemporâneas, que vivenciaram o período de vida do Malcolm, compreendido entre 1925 até 1965.


É importante para os negros homossexuais possuírem referências de orgulho que contribua no combate a homofobia. Em resgate e celebração a sexualidade dos heróis negros LGBTs, sem medo de errar, pode-se dizer que MALCOLM X era BISSEXUAL.


Se o negro traz em sua história a dor da discriminação sofrida e os LGBTs lutam por idêntico reconhecimento de direito a igualdade e dignidade, destacar hoje MALCOLM X, um negro de suma importância na história do movimento negro, o qual pertence a letra “B” de bissexuais dos LGBTs (muitas vezes não aceitos e até considerados inexistentes tanto por heterossexuais quanto homossexuais), significa celebrar um líder negro, reconhecidamente LGBT, dos tempos atuais.



Malcolm Little passou para a história como um dos grandes líderes dos negros norte-americanos com o nome de Malcolm X.


Aos seis anos de idade perdeu o pai, um pastor, que foi assassinado pela Klu Klux Klan, mais tarde sua mãe foi internada numa clínica psiquiátrica, fazendo com que ele e seus irmãos fossem para um orfanato.


Na adolescência, quando Malcolm já havia saído do orfanato, trabalhou como engraxate, e em seguida, para não prestar o serviço militar fingiu-se de louco. No Harlem, Malcolm também morou na casa de Sammy, um amigo Cafetão, e entrou para a vida do crime. Tornou-se traficante. Com mais três amigos, todos muito pobres, passou uma assaltar residências, até que acabou sendo preso, em 1946. Na prisão, passou a estudar o islamismo, convertendo-se aos ensinamentos de Elijah Muhammed, líder da "Nação do Islã", organização que congregava os negros muçulmanos dos Estados Unidos. Ao sair da cadeia, em 1952, Malcolm X transformou-se em um dos líderes negros de seu país.


Malcolm X defendia a separação das raças, a independência econômica e a criação de um Estado autônomo para os negros.


Foi Malcolm que fundou uma Organização Para a Unidade Afro-Americana, de inspiração socialista. Malcolm X Conduziu uma parte do movimento negro nas década de 50 e 60 à Fundamentais três pontos: 1) O islamismo, 2) a violência como método para auto-defesa e 3) o socialismo.

A religião foi a porta de entrada, mas em seguida ele entendeu que os problemas dos negros era uma questão a ser resolvida na esfera política, econômica e civil.



A proposta era de violência, no sentido revolucionário, portanto, uma metodologia de transformação e não uma barbárie gratuíta.


Já a concepção de socialismo de Malcolm foi consequência da evolução de seu pensamento, após ser traído por membros da Mesquita Templo Número Dois, gradativamente ele percebeu que a questão do negro passava pela estrutura do capitalismo. Desta nova forma de pensar surgiu uma Organização da Unidade Afro-Americana, um grupo religioso não e não sectário, focada nos problemas sociais das minorias sociais na sociedade capitalista americana. A sua opção pela violência e pelo socialismo foi de vital Importância para os rumos que os movimentos negros tomaram ao fim da década de 60, tal como os "Panteras Negras", também partidários da violência enquanto método e do socialismo enquanto ideologia política.


A importância de Malcolm X é inegável, seus atos históricos e sua vida privada se misturam, pois aqueles foram reflexos de tudo aquilo que vivenciou. No entanto, a sexualidade de Malcolm X restou velada, e jamais foi o foco de sua imagem.

No “The Guardian”, Peter Tatchell, em 20 de outubro de 2009, fez reverberar em seu artigo una importante revelação: MALCOLM X era bissexual, conforme foi constatado por aquele que realizou a sua biografia, Bruce Perry.

A complexa mudança da sexualidade de Malcolm nunca foi parte da narrativa de sua vida até a publicação da aclamada biografia de Bruce Perry, Malcolm - A Vida de um homem que mudou a América Negra. Perry é um grande admirador e defensor de Malcolm X, mas não é um crítico. Ele escreveu os fatos, baseado em entrevistas com mais de 420 pessoas que conheceram pessoalmente Malcolm em várias fases da sua vida, desde a infância até o seu trágico assassinato em 1965. Seu livro não é uma crítica destrutiva, como alguns críticos negros afirmam, é exatamente o oposto. Perry apresenta uma história, honesta da vida de Malcolm.


Baseado em entrevistas com amigos adultos e de infância de Malcolm, Perry sugere que o líder da libertação dos negros nos E.U.A. não era tão solidamente heterossexual como seus colegas negros da Nation of Islam sempre afirmaram. Apesar de Perry não se prender a sexualidade de Malcolm em sua biografia, ele não deixou de escrever sobre o que ouviu em suas inúmeras entrevistas realizadas.


Seu colega de infância, Bob Bebee, recorda o dia em que de Malcolm tropeçou em um garoto se masturbando no mato. Malcolm ordenou ao jovem a masturbá-lo e, posteriormente, vangloriou-se que tinha recebido sexo oral.


Mais tarde, a partir da idade de 20, Malcolm fez programas, sexo com homens por dinheiro e teve pelo menos uma ligação sustentada por sexo gay.


Mas nem sempre os atos de Malcolm se deram por razões pecuniárias, enquanto vivia em Flint, Michigan, seu companheiro de quarto declarou que Malcolm costumava ir ao fundo do corredor, furtivamente, para passar a noite com Willie Mae Jones.


Em Nova York, dois amigos de Malcolm também provenientes de Michigan, lembram que Malcolm vangloriava-se que havia ganhado ajuda financeira de "bichas", que jocosamente ele também se referia como "meninas". Mais tarde, Malcolm trabalhou como mordomo "para um solteirão rico Boston, William Paul Lennon”, para quem também se encarregava de conceder prazeres sexuais.


Perry, o biógrafo, documenta também uma relação de Malcolm com uma pessoa do mesmo sexo que teria durado, pelo menos, o período de 10 anos.



Ainda que Malcolm tenha se casado mais tarde (após adotar a religião muçulmana) e, tanto quanto se sabe, tenha abandonado o sexo com homens e travestis, suas relações sexuais quando novo sugerem que ele era bissexual e não heterossexual. O fato de abster-se de sexo gay depois do casamento não muda os fundamentos da sua orientação sexual.


Para Perry, autor da biografia de Malcolm, ficaram evidentes as inseguranças masculinas e ambivalência em relação às mulheres de Malcolm, indicando o arquétipo de um homem gay reprimido, que apontava para uma homossexualidade latente.


Se não podemos celebrar a sexualidade e a representatividade lgbt que teria Zumbi de Palmares no dia da conscientização negra, ao menos nos resta Malcolm X, um revolucionário negro bissexual.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Vale Tudo Dos Evangélicos E Políticos Evangélicos



Os obstinados evangélicos fundamentalistas continuam sua perseguição aos homossexuais conclamando a todos que sejam seus parceiros homofóbicos na internet a ingressarem no site da Agencia Senado e votarem pela não aprovação do Projeto de Lei que pretende criminalizar a discriminação.




É o VALE TUDO para esses falsos cristãos que se consideram acima de todos que não seguem sua cartilha. É que estes pacíficos e humanitários evangélicos seguem a risca os ensinamentos dos pastores estelionatários e se dirigem aos políticos, alguns com PHD no assunto, COM VOTOS ROUBADOS. Tudo em nome da fé.




Se alguém deseja aprender como burlar a segurança na votação basta visitar os blogs dos evangélicos, lá existem todas as dicas, com o passo a passo para ENGANAR o sistema de segurança da enquete. A coisa é tão escancarada, desonesta e obssessiva que é inominável.
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Minha visão sobre estes evangélicos não é isenta, confesso. É que considero a pesudo-lógica deles tergiversante. Alguém poderia me explicar como alguém que diz que se baseia no amor ao próximo e no senso de humanidade possa astear uma bandeira para que seja mantida uma discriminação? Ensina nos sites como ser desonesto e a enganar o sistema de segurança de uma enquete? Persegue aos homossexuais e a todos que a eles se referem com respeito e dignidade? Exige o respeito às suas crenças mas não admite que os homossexuais sejam respeitados pela sua orientação sexual? Tudo em nome de deus. Certamente diferente do meu Deus e daqueles evangélicos que honram a fé que os orientam.




Como os opostos se aproximam, os homossexuais devem ter cuidado para não caírem na armadilha de acabar, por vias opostas, se parecendo com seus perseguidores. Não burlem a votação como os evangélicos! A dignidade está em ser o que se é, sem mentira, trapaça e desonestidade.




Se de um lado temos os evangélicos desonestos e obsessivos, de outro temos alguns políticos que, se valendo das regras do regimento interno da casa, engedram armadilhas para alcançar o objetivo desejado, no caso, não ser votado o projeto que visa a proibir e penalizar a discriminação no Brasil.




Não sejamos injustos, sob pena dos evangélicos dizerem que nos valemos de magias pagãs para descobrir o que ocorrerá amanhã, como se fosse necessário. Amanhã o Projeto de Lei 122/2006 da Camara de Deputados será apreciado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal. ENTÃO QUAIS AS PREVISÕES?




Um dos Senadores Evangélicos, Marcelo Crivella ou Magno Malta, apenas com intuito de obstaculizar o seguimento do aludido projeto provavelmente solicitará vistas. Se isso ocorrer, a matéria não será votada amanhã, obrigando àquele que perceber tal artimanha a pedir vista coletiva, daí a matéria retornaria obrigatoriamente na próxima reunião deliberativa, ou seja, próxima semana.




Ao confirmar o pedido de vista o senador, imagina-se, principalmente, o Magno Malta, deverá apresentar voto em separado, ou seja, contrário radicalmente a aprovação. Ele deve repetir o mesmo voto apresentado na CAS.




O senador Crivella também poderá apresentar requerimento de audiência pública com a falácia de instruir o Substitutivo. Mas não é verdade, sua intenção é protelar a votação. Ele também fez isso na CAS.




Se confirmadas essas previsões, o que uma pessoa com senso de justiça considera desse tipo de artimanhas? Se os ilustres Senadores estão contra o projeto e representam apenas a bancada evangélica, porque simplesmente não fazem suas considerações e votam contrário ao projeto? Porque se valer de ardil burocrático? Não se questiona que é direito proceder desta forma, já que o regimento prevê, mas é moralmente correto?




Essa preocupação dos evangélicos e de sua bancada parlamentar em perseguir os viadinhos e sapatões deveria ser alvo de pesquisa e ser desvendado por especialistas.





Eu, na minha reflexão de botequim, me atrevo a palpitar que a tentativa de sublimação dos evangélicos aos prazeres carnais, enfatizando os sentidos espirituais, é que os conduzem a essa compulsão de perseguirem homossexuais, conforme testemunhamos.





Eles (os evangélicos) olham os homossexuais como aqueles que priorizaram viver em função de suas orientações sexuais, enfrentando tudo e todos, ou seja, aceitaram enfatizar a sexualidade em suas vidas, tornando-se independente financeiramente e lutando por conquistas sociais. Isto agride os evangélicos, porque os confronta, já que estes também criaram prioridades, viver em função de sua crença, enfrentando também a tudo e todos, inferiorizando exatamente a matéria, mas em especial o valor e o desejo carnal.





Aceitar que os homossexuais merecem respeito e que são filhos de Deus, que os ama igualmente, sob esta ótica deturpada, parece representar aos olhos dos evangélicos um desmerecimento, já que eles priorizam a fé, em detrimento da razão, e tentam abrir mão dos valores mundanos (materiais e sexuais) para receberem no futuro a abonação dos céus. Enquanto os homossexuais, materialistas, gostam de roupas e bens, valorizam o dinheiro, com os quais alguns ganham algum respeito no meio social, são pessoas sexualizadas, enfrentam as diferenças ideológicas e sociais para que possam viver suas orientações sexuais, inclusive, com manifesta inclinações aos prazeres do sexo, à sensualidade e à voluptuosidade, valendo-se exclusivamente da lógica, direito e razão.
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Fica a sugestão. Os homossexuais deveriam refletir o que há atrás desta perseguição e a razão de serem a cruz odiada pelos evangélicos homofóbicos.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ONU lança campanha “Igual a você” contra o estigma e o preconceito no Brasil

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Igualdade de direitos e um chamamento à sociedade brasileira para o tema das discriminações que homens, mulheres e crianças vivem diariamente no Brasil. Esses são os objetivos da campanha “Igual a Você”, que foi lançado hoje (16/11) às 10h no Palácio do Itamaraty - Rio de Janeiro, pelas Nações Unidas e sociedade civil.
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A idéia e o slogan são excelentes. "Igual a você" confronta ao preconceituoso heterossexual que se enxerga e se sente diferente do indivíduo LGBT, que este também possui amigos, família, projetos, trabalho e planos, crenças, fé, esperança, amor e tristeza, alegria, opinião, lembranças, sonhos, desejos, responsabilidades e direitos, e que igual a todos, deseja também RESPEITO.
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Usa a linguagem primária, de fácil compreensão, dos direitos fundamentais da igualdade e dignidade da pessoa humana.
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Os vídeos são maravilhosos e serão veiculados nas redes de televisão. No total são dez:

Usuário de Drogas
Transexuais e Travestis
Refugiados
Profissionais do sexo
População Negra
Pessoas vivendo com HIV
Lésbicas
Gays
Estudantes
Crianças vivendo com HIV

Abaixo mostramos alguns vídeos extraídos do YOUTUBE, com foco nos GAYS, Transexuais e Travestis, Lésbicas.

Embora todos os vídeos sejam admiráveis, faço uma crítica: no vídeo profissionais do sexo somente foi utilizada a figura feminina (prostitutas e travestis), o garoto de programa foi simplesmente ignorado, como se não existisse, em aparente discriminação. Falha a ser corrigida.


















"Assinatura da campanha

O preconceito se manifesta por meio de atitudes e práticas discriminatórias, tais como humilhações, agressões e acusações injustas pelo simples fato de as pessoas fazerem parte de um grupo social específico. É contra o estigma e o preconceito que as agências UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), UNESCO no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), com apoio do UNIC Rio (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil), somam-se, mais uma vez, ao esforço da sociedade civil pela igualdade de direitos: ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), AMNB (Associação Brasileira de Mulheres Negras Brasileiras), ANTRA (Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros), Movimento Brasileiro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e Rede Brasileira de Prostitutas."

fonte: http://onu-brasil.org.br/agencias_unaids_videos.php e fotos extraídas da internet do site da fotosearch

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Evangélicos ensinam súditos a burlar enquete do Senado sobre projeto que criminaliza homofobia

A matéria é do MIX BRASIL do site UOL, mas merece e deve ser reproduzida aqui. O título é perfeito: "SANTINHOS"

Os Evangélicos ensinam suditos a burlar enquete do Senado sobre projeto que criminaliza homofobia!!!

Isto porque, após constatação que estavam burlando a referida enquete, a Agência Senado a retirou do ar e voltou solicitando confirmação do voto com a transcriçao de códigos, isto para impedir que robos criados pelos evangélicos parassem de fraudar.

Mas não adiantou, como se constata na matéria do Mix Brasil abaixo, os SANTINHOS continuam tentanto fraudar a enquete.

Você que ainda NÃO votou na enquete, FAÇA ISTO AGORA!
Vá na página da Agência Senado - http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0 - e ao lado direito, um pouco abaixo, encontrará "enquete" e Vote SIM.

Segue abaixo, na íntegra, o inteiro têor da denúncia do site do Mix Brasil:


"11/12/2009
Por Redação
Um e-mail enviado por um grupo chamado de Internautas Cristãos ensina como seus fies devem fazer para brular a proteção e votar mais de uma vez na enquete do Senado que pergunta "Você é a favor da aprovação do projeto de lei (PLC 122/2006) que pune a discriminação contra homossexuais?". É claro que o e-mail pede para que todos votem na opção "Não". Mas o e-mail vem com alguns erros.
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Começa assim: "Diga NÃO ao PLC 122/2006 novamente! O Senado ZEROU a enquete (que já tinha mais de meio milhão de votos) alegando que antes era possível aos usuários votar mais de uma vez. Mas isso é uma grande MENTIRA, pois CONTINUA SENDO POSSÍVEL VOTAR VÁRIAS VEZES, bastando para isso deletar os cookies do navegador após votar.
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"Vale lembrar que a enquete saiu do ar por conta de um hacker que colocou um robô para votar insesantamente na opção NÃO, como o MixBrasil apurou.
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O e-mail continua: "A verdade é que a liderança do NÃO incomodou os militantes pró-homossexualismo. E, aliás, se alguém burlou a enquete foram justamente eles, que surpreendentemente estavam conseguindo, em vários momentos, alcançar os votos dos cristãos. Algo muito improvável considerando a gigantesca mobilização cristã contra esse projeto maldito. Faça uma busca na internet e verá a grande quantidade de sites e blogs convocando os cidadãos a votarem NÃO".
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O e-mail termina de uma forma gentil, própria dos cristãos: "Portanto, vamos CONTINUAR dizendo NÃO a esta aberração!"
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A gente acha que você não deve votar e apagar seus cookies para votar novamente. Achamos que você deve votar com sua cosciência sobre esse projeto. Se ele for aprovado um dia, a homofobia será criminalizada e dificilmente alguém poderá te agredir ou xingar pelo fato de você ser gay, só isso. Em um momento da história recente, negors poderiam ser ofendidos sem que fossem punidos pela lei. Naquela época, quando o movimento negro passou a exigir seus direitos, eram exatamente as hostes fundamentalistas cristãs que iam contra a aprovação da lei anti-racismo. Eles não mudam. Mas a história já provou que esse tipo de reação conservadora costuma lutar, lutar em nome de fundamentos absolutamente ultrapassados e morrer na praia."
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O APAGÃO

Momento para refletir.

Com o vício do computador, televisão, telefone sem fio, celular (meu celular estava sem bateria), ar condicionado e microondas, um apagão - logo depois do desespero do repentino vazio - faz a gente pensar nas dependências que criamos...

Então finalmente nos reinventamos, acendi velas por toda casa; sem medo de ser obsceno para os vizinhos, tirei toda roupa e me joguei na piscina; depois descobri como se acendia o forno e jantei a luz de velas, conversando sem dividir a atenção com a tv.

Quando voltou a luz apaguei as velas, liguei a tv e o ar, troquei impressões ao telefone com os amigos próximos sobre o apagão e aqui estou no meu computador, aliviado pela volta ao cotidiano.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A política pela luta de poder, que ninguém vê, dentro do Tribunal Fluminense


E a perplexidade acerca da denúncia dos fatos ocorridos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro continua.


Mais uma vez, hoje no Jornal O Globo, o foco se volta para o TJERJ e os desembargadores que o integram.


O Corregedor do Tribunal, Des. Roberto Wider aproveitou o encontro de inúmeros desembagadores no Órgão Especial para se manifestar sobre as denúncias que recaem sobre ele, descortinando outra questão extremamente séria e perigosa para os jurisdicionados: A POLITICA INTERNA DOS MAGISTRADOS PARA ALCANÇAR O PODER.


Segundo aventou o Desembargador Roberto Wider existe a possibilidade de tais fatos terem sido denunciados por outro colega magistrado do mesmo tribunal que não deseja vê-lo concorrendo nas próximas eleições naquela sede.


Isto nos induz as seguintes conclusões, ATEMORIZANTES:


- que AS DECISÕES DOS MAGISTRADOS PODE NÃO ESTAREM ISENTAS DA POLITICA INTERNA, permeadas por questões pessoais e políticas;


- que para viabilizar essas conquistas são formadas alianças intramuros do tribunal, com juízes e desembargadores e, extramuros, quer seja com escritórios de influentes advogados, empresariado, políticos, religiões e até bicheiros.


Nem pretendo deixar que minha imaginação voe além destas suposições. Só vou me ater na fala do ilustre desembargador que revela que existem encontros externos em período de eleição e que concorrentes seriam capazes de tudo para conquistar o poder pretendido.


Até que preço se paga para alcançar essas metas de poder dentro do tribunal fluminense? Qual a isenção e imparcialidade de um julgador que pode se envolver, à título de um singelo brinde, diretamente com alguns renomados advogados, empresários, políticos e bicheiros?


O anseio ao poder, sem dúvida corrompe. E quem se acha no poder, em regra quer mais poder e nem sempre se intimida, pois seu ego é tão grande que realmente acredita que tudo que vem dela é inquestionável e incomparável, além de ter consciência que atrás de seu nome existe uma "quadrilha" sólida bem estruturada e totalmente dependente, um do outro.


E ainda surgem outras dúvidas: será que, em nome de tal política interna, desembargadores ou aqueles que estão na direção do Tribunal interferem ou tentam interferir na atuação dos juízes, a priori, hierarquicamente inferiores e adstritos à sua administração? E os juízes, apesar da autonomia, suportariam até quando tal pressão? E, por outro lado, esses juízes de primeira instância podem tentar conquistar algum desembargador, através de suas decisões, para obter alguma espécie de vantagem funcional?


Nada é novo, e seria até ingênuo achar que esse tráfico de influência não existe neste ou em qualquer outro tribunal. Mas até onde e a que preço? E mais importante, qual o controle que existe por parte da sociedade?


A promiscuidade pode ser maior e mais confusa. Não há limites e é extremamente difícil descobrir quem atua com ética ou não.


Algum tempo atrás sofri um grande susto quando surgiu um nefasto Parecer contrário ao PLC 122/2006 da UNIÃO DOS JURISTAS CATÓLICOS DO RIO DE JANEIRO (UJUCARJ) que é composto por inúmeros juízes e desembargadores do Rio de Janeiro.


Evidente que o juiz e o desembargador são pessoas com suas ideologias e religiões, independente da sua função, mas isso não justifica usarem seus "títulos" de magistrados para justificar uma posição fundada na religião, apesar da Constituição Federal estabelecer o Estado como Laico, por definição. Na relação de seus integrantes, constante do site da UJUCARJ, é manifesta não só a pessoa, mas a qualificação que tal associado exerce dentro do Tribunal.


O formal compromisso assumido pelos integrantes da UJUCARJ é pela defesa aos objetivos do Estatuto, entre os quais, "a defesa e promoção da concepção cristã da família; a difusão da doutrina e do ensinamento social da Igreja; principalmente no domínio jurídico e pesquisa dos meios de assegurar sua aplicação; a contribuição para a manutenção ou a reintrodução dos princípios cristãos na filosofia e na ciência do Direito, na atividade legislativa, judiciária e administrativa e no ensino e na pesquisa, assim como na vida pública e profissional"


E se tais juízes e desembargadores receberem um processo que se discuta direito ao reconhecimento da entidade familiar formadas por LGBTs se darão por suspeitos? Qual a garantia de um julgamento imparcial e justo para questão que envolva discussão de direitos de homossexuais, tidos como antinaturais pela igreja, vindo de um magistrado que é associado a tal UJUCARJ? Será decidido pela fé ou pelo direito? Ou será que utilizará sua experiência e inteligência jurídica como instrumento de defesa da sua fé, em respeito aos dogmas religiosos? Não aponto o dedo para ninguém especificamente, mas como distinguir um do outro? Qual a garantia de uma prestação jurisdicional justa, imparcial, baseado apenas nos princípios legais?


A ética é a questão tanto no primeiro caso como neste último aventado. Ela precisa ser revista pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e normas estabelecidas penalizando severamente e impedindo que asquerosas condutas de magistrados sejam maquiadas com aparência de legalidade e exercício de função.


Voltando ao jornal O Globo de hoje, lá os dois fatos reproduzidos nas "relações perigosas" do Tribunal de Justiça do Rio apenas confirmam nossos receios. Independente do Des. Roberto Wider ser culpado ou inocente daquilo que foi veiculado, suas ameaças - nada veladas - aos jornalistas que se atreveram a publicar aquela notícia, sugerem uma empáfia própria daqueles que nos lembram que não sabemos com quem estamos falando. E exatamente o mesmo ocorreu com o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, ao ter arrogatemente, afirmado que voltaria a realizar, de qualquer forma, em conjunto com os bicheiros, o encontro dos juízes.
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Desconsideram esses Magistrados a brilhante fala do presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Henrique Manes, ao se referir ao Judiciário: "Não deve ser apenas honesto, tem que parecer honesto".
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Porque a sensação que pulsa é idêntica aquela dita pelo Ministro Ayres de Brito: — O magistrado que faz de sua caneta um pé-de-cabra, é o pior dos marginais.
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Por isso mesmo, pelo bem do Poder Judiciário, qualquer suspeita fundada que recaia sobre qualquer magistrado deveria ser acolhida com austeridade, afastando-o de imediato, até que a mesma seja devidamente superada, servindo como exemplo, não só para o órgão no qual atua, como toda a sociedade.


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O balcão de negócios no tribunal carioca

Vivemos em busca de direitos. Direitos estes fundamentais em nossas vidas e que, na maioria das vezes, nos vemos obrigados a perseguir junto ao Poder Judiciário.

Uma notícia como a que foi publicada ontem no jornal O Globo envolvendo inúmeros desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo como personagem central o Desembargador Roberto Wider que é o CORREGEDOR do Tribunal do Rio de Janeiro, não só assusta. Desespera!


O Conselho Nacional de Justiça e a OAB deveriam intervir diretamente neste caso ABSURDO e se aprofundarem nas investigações.

Algumas perguntas merecem respostas.

Qual a isenção que o desembargador Roberto Wider possui ao julgar questão que envolve interesse de um amigo e comprar um casa na Barra da Tijuca, por um preço manifestamente irreal, depois dele próprio viabilizar, por uma decisão sua, tal venda?

Como poderia o Sr.Eduardo Rasckovsky, genro do Des. Lindebergh Montenegro, íntimo do Desembargador Corregedor Roberto Wider (foto acima) amigo Des. Humberto Manes e Marcus Faver (foto a esquerda), ex-sócio da esposa do Des. Carpena Amorim (foto a direita), nas negociatas com seus potenciais clientes antecipar sentenças e oferecer blindagem e cassação de adversários?

Qual explicação existe para Sr. Eduardo Rasckovsky, que nem advogado é, procurar pessoalmente um juiz que havia dado sentença contrária ao seu interesse e perguntá-lo se estava "seguro de sua decisão"?!

E como podem desembargadores terem ciência que o Sr. Eduardo Rasckovsky também tentou comprar outra Juíza, Dra. Maria Cunha, da 2a. Vara Empresarial, portanto dentro de seu ambiente de trabalho, e manterem estreita relação com tal pessoa?

Pior, mais grave e desesperador, quem investigará essa gravíssima denúncias, já que o Des. Roberto Wider e demais envolvidos são desembargadores e ex-desembargadores renomados e de grande influência no tribunal fluminense? Serão seus pares?


Fazendo uma busca rápida no Google, eis que constato que a notícia é no mínimo requentada, já que no blog do Luis Nassif essa tema já havia sido há muito tempo veiculado, e no blog "vi o mundo" de Luiz Carlos Azenha, inclusive, nos lembra que já havia sido noticiada a influência do Eduardo Raschkovsky e a perseguição da Juíza que o denunciou, nos jornais de grande circulação:

"Um ano depois, a juíza foi inocentada das acusações. A cobertura da “Folha” voltava às mãos sérias de Elvira Lobato.

Em 20 de janeiro de 2006, os repórteres Chico Otávio e Maria Fernanda Delmas, de “O Globo”, escreviam ampla reportagem sobre a influência de Eduardo Raschkovsky no TJ do Rio de Janeiro.

Em 4 de março de 2006, Elvira Lobato e Pedro Soares mostram as perseguições sofridas pela juiza."

Quando levamos a pecha que temos memória curta, não é à toa, realmente temos. Eu tenho pelo menos e me sinto envergonhado de constatar isto ao ler o blog do Luis Nassif e Luiz Carlos Azenha.

De lá para cá, a impunidade reinou e a notícia que hoje constatamos é que o Eduardo Rasckovsky apenas ficou mais intimo dos ilustres desembargadores, apesar dos escandâlos com seu nome ocorridos dentro da sede do Judiciário Fluminense, e que a Juíza que o denunciou sofreu inúmeros processos administrativos.

E agora, o que podemos esperar?

Dizem que para saber sobre o futuro basta olhar o passado. Espero que não.

A única esperança do povo brasileiro já tão sofrido com uma séria de escândalos no Poder Executivo e Legislativo, ainda é na Justiça. É inaceitável que os cariocas também venham perder a confiança nela.

Alguma coisa deve ser feita também pela moralidade é ética do Judiciário, especial no Rio.

E não se restringe ao caso agora em voga. Também não é cabível constatar desembargadores se aposentarem e imediatamente abrem escritório com clientes multimilionários, por conta de suas imperiosas e evidente influências no Judiciário Fluminense, assim como a escancarada situação de alguns escritórios que só possuem advogados parentes de juízes e desembargadores. Como podemos acreditar num Judiciário imparcial e justo diante destas sabidas informações?

Todos falam muito de supostos juízes comprados, acredito mais na versão retratada pela matéria do jornal, o tráfico de influência. Este é bem mais cruel, já que a sabotagem à justiça fica numa faixa nem sempre clara aos olhos de quem está do outro lado numa luta judicial.

Fotos extraídas do google

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